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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

MEU POSICIONAMENTO ACERCA DA VERGONHOSA ATITUDE DA SEEDUC EM NOSSA ESCOLA


Chamo-me Alan Dutra Cardoso, estudante da Rede Estadual de Educação do Estado do Rio de Janeiro. Faço o curso de Formação de Professores do Colégio Estadual Visconde de Itaboraí e estudante do Curso Pré Vestibular da mesma escola.

Entrei na rede em 2008. Durante estes 04 anos de CEVI me vi guiado por duas direções. Em 2008, estive presente e participei das Democráticas Eleições para a direção da minha escola. A comunidade Escolar, como um todo, coloca as esperanças na Chapa que concorria e elegemos como diretora geral, a Professora Eliane Arruda e como uma das diretoras adjuntas, a professora Lurdes.

A partir do início do mandato delas, observamos em nossa escola uma série de modificações: Espaço de acompanhamento pedagógico, inúmeros projetos, reformas... Com todas as dificuldades e burocracias, as coisas foram sendo realizadas.

Sou um aluno que gosta de estar atento a tudo em minha volta, além do necessário para o Vestibular, mas porque me interesso por todos esses assuntos, sejam eles questões sociais, políticas, econômicas, etc.

Em 2009, comecei a acompanhar as “reformas educacionais” impostas pela SEEDUC e, como aluno e cidadão, sou totalmente contra. Gastou- se milhões com aluguéis de computadores e ar-condicionado, enquanto dezenas de escolas estão totalmente sucateadas. Professores são obrigados a trabalhar em salas superlotadas, pois as escolas não oferecem estrutura para todos os alunos e, além disso, o quadro Professional do Estado não supre a necessidade de colocar professores para todas as turmas, pois com as péssimas condições de trabalho e com esse péssimo salário, recebemos diariamente notícias de dezenas de demissões na Rede Estadual de Educação. A ex-secretária de Educação lança então um novo projeto, o “Conexão Educação”. Engraçado é que no Boletim Online as notas somem professores não conseguem entrar, alunos também não. O famoso “cartão do aluno” que nunca foi usado. Só deu dor de cabeça pra muita gente, que teve seu cartão RioCard bloqueado antes mesmo de receber o novo. Repito: Dinheiro gasto com coisas de menos importância, que poderia ser investido em coisas benéficas.

Em 2011, observei a postura do atual “Secretário de Educação”, o Economista (!) Sr Wilson Risolia. Observei o andamento de mais um famoso projeto da SEEDUC, o seu “Plano de Metas”. Em relação a este, fiquei perplexo ao analisar os conteúdos, painéis na escola. Até as meninas grávidas e os usuários de drogas aparecem em tais “faróis”. Não vi como este plano pode ajudar na educação, pois a finalidade deste e “premiar” os que alcançarem tais metas e “punir” os que não a alcançarem.

Depois disso tudo, vem o famosíssimo Saerjinho, prova esta que não é elaborada pelos profissionais das escolas e nem mesmo no nosso Estado! Esta prova não respeita a singularidade de cada região. Existem turmas que nunca tiveram aulas de português e matemática, mas são obrigados a fazer a prova. Sem contar em meu curso, o de Formação de Professores, que não tem o “Currículo Mínimo” e também é obrigado a fazer uma prova, sem ao menos estudar aquelas matérias. Observando estes aspectos, como justificar a aplicação desta prova em todo o Estado? Li outro dia no jornal O Dia, que 75% dos alunos da Rede foram reprovados em Matemática. Será por quê? Vão jogar a culpa pra quem agora? Assim que o IDEB do 2º maior arrecadador de receita da Nação sairá do vergonhoso penúltimo lugar?

Devido aos fatos mencionados, vi e apoiei a greve dos profissionais da Educação. Em momento algum me senti prejudicado. O engraçado é que este ano foi o ano da Educação no Brasil. Reportagens e notícias quase que diariamente mostrando o descaso dos governos com a Educação Pública. Greves aconteceram em diversos estados, como Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Em nosso Estado, encontramos diversos municípios em greve. Será que a culpa é dos professores? Claro que não! A culpa é da administração pública, que não investe em Educação. Se gastará bilhões com a Copa do Mundo e com as Olimpíadas. Mas pra Educação nunca tem dinheiro.

Todavia, o principal motivo de minha indignação, além de todo o exposto, é a maneira como a SEEDUC vem se portando em minha escola. Ficamos sabendo que estão querendo exonerar a diretora de nossa escola; diretora esta que foi eleita DEMOCRATICAMENTE E APOIADA PELA COMUNIDADE ESCOLAR. Querer exonerar uma funcionária, ou punir, devido à participação de um ou outro na greve é ir contra a lei, não? Lendo a Lei suprema, que rege o nosso País, a Constituição Federal, encontrei o seguinte:

“A Constituição de 1988 dispõe em seu art. 9º: ‘É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender’. É dado aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercer o direito de greve. Não poderá ser decidida a greve sem que os próprios trabalhadores e não os sindicatos, a aprovem.”

Então porque, vergonhosamente, a SEEDUC está tentando exonerar a nossa diretora? Diretora esta querida por toda a comunidade escolar e, com toda dificuldade, trouxe benefícios para nossa escola. Os alunos, professores e funcionários estão revoltados com tal postura. Não vejo motivo algum para tal atitude. Greve não é motivo para punir, pois a própria Constituição Federal dá este direito ao trabalhador.

Diante do exposto, deixo registrada minha completa indignação com este governo e a gestão do atual Secretário de Educação, porque ao invés de investir na melhoria do sistema educacional e nos Educadores, querem perseguir quem exerce dignamente o seu trabalho.

Sem mais nada a declarar.

Alan Dutra Cardoso, CN 4002 – CEVI




quarta-feira, 14 de setembro de 2011

IMPERIALISMO E GLOBALIZAÇÃO

Imperialismo


Imperialismo é a política de expansão e domínio territorial, cultural e econômico de uma nação sobre outras, ou sobre uma ou várias regiões geográficas.

A tecnologia da Revolução Industrial aumentou ainda mais a produção, o que gerou uma grande necessidade de mercado consumidor para esses produtos e uma nova corrida por matérias primas.

o imperialismo cultural, ou seja, a imposição de valores, hábitos de consumo e influências culturais que se tornam uma espécie de padrão cultural a ser seguido pelo país dominado.

Globalização

Com o fim da oposição capitalismo X socialismo, o mundo se defrontou com uma realidade marcada pela existência de um único sistema político-econômico, o capitalismo. Exceto por Cuba, China e Coréia do Norte, que ainda apresentam suas economias fundamentadas no socialismo, o capitalismo é o sistema mundial desde o início da década de 90. À fragmentação do socialismo somaram-se as profundas transformações que já vinham afetando as principais economias capitalistas desde a segunda metade do séc. XX, resultando na chamada nova ordem mundial.
As origens dessa nova ordem estão no período imediatamente posterior à Segunda Guerra Mundial, no momento em que os Estados Unidos assumiram a supremacia do sistema capitalista. A supremacia dos EUA se fundamentava no segredo da arma nuclear, no uso do dólar como padrão monetário internacional, na capacidade de financiar a reconstrução dos países destruídos com a guerra e na ampliação dos investimentos das empresas transnacionais nos países subdesenvolvidos.
Durante a Segunda Guerra, os EUA atravessaram um período de crescimento econômico acelerado. Assim, quando o conflito terminou, sua economia estava dinamizada, e esse país assumia o papel de maior credor do mundo capitalista. Além disso, a conferência de Bretton Woods, que em 1944 estabeleceu as regras da economia mundial, determinou que o dólar substituiria o ouro como padrão monetário internacional.
Os EUA também financiaram a reconstrução da economia japonesa, visando criar um pólo capitalista desenvolvido na Ásia e, desse modo, também impedir o avançado socialismo no continente. A ascensão dessa economia foi acompanhada de uma expansão econômica e financeira do país em direção aos seus vizinhos da Ásia, originando uma região de forte dinamismo econômico.

Aceleração econômica e tecnológica

A tecnologia desenvolvida durante a Segunda Guerra Mundial estabeleceu um novo padrão de desenvolvimento tecnológico, que levou à modernização e a posterior automatização da indústria. Com a automatização industrial, aceleraram-se os processos de fabricação, o que permitiu grande aumento e diversificação da produção.
O acelerado desenvolvimento tecnológico tornou o espaço cada vez mais artificializado, principalmente naqueles países onde o atrelamento da ciência à técnica era maior. A retração do meio natural e a expansão do meio técnico-científico mostraram-se como uma faceta do processo em curso, na medida em que tal expansão foi assumida como modelo de desenvolvimento em praticamente todos os países.
Favorecidas pelo desenvolvimento tecnológico, particularmente a automatização da indústria, a informatização dos escritórios e a rapidez nos transportes e comunicações, as relações econômicas também se aceleraram, de modo que o capitalismo ingressou numa fase de grande desenvolvimento. A competição por mercados consumidores, por sua vez, estimulou ainda mais o avanço da tecnologia e o aumento da produção industrial, principalmente nos Estados Unidos, no Japão, nos países da União européia e nos novos países industrializados (NPI’s) originários do "mundo subdesenvolvido" da Ásia.

A internacionalização do capital

Desde que surgiu, e devido à sua essência - produzir para o mercado, objetivando o lucro e, conseqüentemente, a acumulação da riqueza - o capitalismo sempre tendeu à internacionalização, ou seja, à incorporação do maior número possível de povos ou nações ao espaço sob o seu domínio.
No princípio, a Divisão Internacional do Trabalho funcionava através do chamado pacto colonial, segundo o qual a atividade industrial era privilégio das metrópoles que vendiam seus produtos às colônias. Agora, para escapar dos pesados encargos sociais e do pagamento dos altos salários conquistados pelos trabalhadores de seus países, as grandes empresas industriais dos países desenvolvidos optaram pela estratégia de, em vez de apenas continuarem exportando seus produtos, também produzi-los nos países subdesenvolvidos, até então importadores dos produtos industrializados que consumiam. Dessa maneira, barateando custos, graças ao emprego de mão-de-obra bem mais barata, menos encargos sociais, incentivos fiscais etc., e, assim, mantendo, ou até aumentando, lucros, puderam praticar altas taxas de investimento e acumulação.
Grandes empresas de países desenvolvidos, também conhecidas como corporações, instalaram filiais em países subdesenvolvidos, onde passaram a produzir um elenco cada vez maior de produtos.
Por produzirem seus diferentes produtos em muitos países, tais empresas ficaram consagradas como multinacionais. Nesse contexto, opera-se, pois, uma profunda alteração na divisão internacional do trabalho, porquanto muitos países deixam de ser apenas fornecedores de alimentos e matérias-primas para o mercado internacional para se tornarem produtores e até exportadores de produtos industrializados. O Brasil é um bom exemplo.

A globalização

Nos anos 80, a maior parte da riqueza mundial pertencia às grandes corporações internacionais. Pôr outro lado, os Estados desenvolvidos revelaram finanças arruinadas, depois de se mostrarem incapazes de continuar atendendo às onerosas demandas da sua população: aposentadoria, amparo à velhice, assistência médica, salário-desemprego, etc. Com o esgotamento do Estado do bem-estar Social (Welfare state), o neoliberalismo ganhou prestigio e força.
Agora, a lucratividade tem de ser obtida mediante vantagens sobre a concorrência, para o que é necessário oferecer ao mercado produtos mais baratos, preferentemente de melhor qualidade. Para tanto, urge reduzir custos de produção.
Então, os avanços tecnológicos, particularmente nos transportes e comunicações, permitiram que as grandes corporações adotassem um novo procedimento - a estratégia global de fabricação - que consiste em decompor o processo produtivo e dispersar suas etapas em escala mundial, cada qual em busca de menores custos operacionais. A produção deixa de ser local para ser mundial, o que também ocorre com o consumo, uma vez que os mesmos produtos são oferecidos à venda nos mais diversos recantos do planeta. Os fluxos econômicos se intensificam extraordinariamente, promovidos sobretudo pelas grandes empresas, agora chamadas de transnacionais. A divisão internacional do trabalho fica subvertida, pois torna-se difícil identificar o lugar em que determinado artigo industrial foi produzido.
Após a derrocada do socialismo, a internacionalização do capitalismo atinge praticamente todo o planeta e se intensifica a tal ponto que merece uma denominação especial - globalização -, marcada basicamente pela mundialização da produção, da circulação e do consumo, vale dizer, de todo o ciclo de reprodução do capital. Nessas condições, a eliminação de barreiras entre as nações torna-se uma necessidade, a fim de que o capital possa fluir sem obstáculos. Daí o enfraquecimento do Estado, que perde poder face ao das grandes corporações.
O "motor" da globalização é a competitividade. Visando à obtenção de produtos competitivos no mercado, as grandes empresas financiam ou promovem pesquisa, do que resulta um acelerado avanço tecnológico. Esse avanço implica informatização de atividades e automatização da indústria, incluindo até a robotização de fábricas. Em conseqüência, o desemprego torna-se o maior problema da atual fase do capitalismo.
Embora a globalização seja mais intensa na economia, ela também ocorre na informação, na cultura, na ciência, na política e no espaço. Não se pode pensar, contudo, que a globalização tende a homogeneizar o espaço mundial. Ao contrário, ela é seletiva. Assim, enquanto muitos lugares e grupos de pessoas se globalizam, outros, ficam excluídos do processo. Por esse motivo, a globalização tende a tornar o espaço mundial cada vez mais heterogêneo. Além disso, ela tem provocado uma imensa concentração de riqueza, aumentando as diferenças entre países e, no interior de cada um deles, entre classes e segmentos sociais.
De qualquer modo, para se entender melhor o espaço de hoje, com as profundas alterações causadas pela globalização, é preciso ter presente alguns conceitos essenciais:

FÁBRICA GLOBAL - A expressão indica que a produção e o consumo se mundializaram de tal forma que cada etapa do processo produtivo é desenvolvida em um país diferente, de acordo com as vantagens e as possibilidades de lucro que oferece.

ALDEIA GLOBAL - Essa expressão reflete a existência de uma comunidade mundial integrada pela grande possibilidade de comunicação e informação. Com os diferentes sistemas de comunicação, uma pessoa pode acompanhar os acontecimentos de qualquer parte do mundo no exato momento em que ocorrem. Uma só imagem é transmitida para o mundo todo, uma só visão. Os avanços possibilitam a criação de uma opinião pública mundial. Nesse contexto de massificação da informação é que surgiu a INTERNET, uma rede mundial de comunicação por computador que liga a quase totalidade dos países.

ECONOMIA MUNDO - Ao se difundir mundialmente, as empresas transnacionais romperam as fronteiras nacionais e estabeleceram uma relação de interdependência econômica com raízes muito profundas, inaugurando a chamada economia mundo.

INTERDEPENDÊNCIA - No sistema globalizado, os conceitos de conceitos descritos anteriormente envolvem a interdependência. Os países são dependentes uns dos outros, pois os governos nacionais não conseguem resolver individualmente seus principais problemas econômicos, sociais ou ambientais.
As novas questões relacionadas com a economia globalizada fazem parte de um contexto mundial, refletem os grandes problemas internacionais, e as soluções dependem de medidas que devem ser tomadas por um grande conjunto de países.

Assistam ao filme O que é Imperialismo? http://maltaitalo.blogspot.com/2009/11/o-que-e-imperialismo.html