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domingo, 4 de dezembro de 2011

Um professor vale menos que um saquinho de pipocas...

Aula de Matemática
Hoje vou brincar de professor de matemática. 
Vou passar alguns problemas para vocês resolverem.

Problema nº1
Um professor trabalha horas diárias, 5 salas com 40 alunos cada. Quantos alunos ele atenderá por dia?
Resposta: 200 alunos dia.
Se considerarmos 22 dias úteis. Quantos alunos ele atenderá por mês?
Resposta: 4.400 alunos por mês.
Consideremos que nenhum aluno faltou (hahaha) e, que em cada um deles, resolveram pagar ao professor com o dinheiro da pipoca do lanche: 0,80 centavos, diárias. Quanto é a fatura do professor por dia?
R: R$ 160,00 reais diários
Se considerarmos 22 dias úteis. Quanto é faturamento mensal do mesmo professor?
R: Final do mês ele terá a faturado R$ 3.520,00.

Problema nº2
O piso salarial é 1.187 reais, para o professor atender 4.400 alunos mensais. Quanto o professor fatura por cada atendimento?
Resposta: aproximadamente 0,27 mensais 
(vixe, valemos menos que o pacote de pipoca)... continuando os exercícios...

Problema nº3
Um professor de padrão de vida simples,solteiro e numa cidade do interior, em atividade, tem as seguintes despesas mensais fixas e variáveis: 
Sindicato: R$ 12,00
Aluguel: R$ 350,00 ( pra não viver confortável)
Água/energia elétrica: R$ 100,00 (usando o mínimo)
Acesso à internet: R$ 60,00
Telefone: R$ 30,00 (com restrições de ligações)
Instituto de previdência: R$ 150,00
Cesta básica: R$ 500,00
Transporte: sem dinheiro
Roupas: promocionais
Quanto um professor gasta em um mês?
Total das despesas: R$ 1.202,00
Qual o saldo mensal de um professor?
Saldo mensal: R$ 1.187,00 - 1.202 = -15 reais, passando necessidades.

Agora eu lhe pergunto:
- Que dinheiro o professor terá para seu fim de semana?
- Quanto o professor poderá gastar com estudoslivrosrevistas, etc.
- Quanto vale o trabalho de um professor?
- Isso é bom para o aluno?
- Isso é bom para a educação pública do Brasil?




segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Bolsa cumulativa de R$ 700,00 para aluno cotista da UERJ



A Superintendência de Políticas Públicas para a Juventude (SuPJ) da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH) está selecionando alunos cotistas para trabalhar em comunidades com o Projeto Centro de Referência de Juventude (CRJ), que trabalha na inclusão social de jovens de 15 a 29 anos, por meio do encaminhamento para o mercado de trabalho, da elevação da escolaridade e do fomento à cidadania.
Os CRJ integram as diversas políticas públicas voltadas à juventude e oferecem cursos profissionalizantes, esportivos e artístico-culturais, de forma a atender as especificidades e demandas locais. Atualmente, existem nove unidades do CRJ na Região Metropolitana: Vila Paciência (Santa Cruz); Cantagalo (Ipanema); Jacarezinho (Jacaré); Manguinhos; Duque de Caxias; Providência (Centro do Rio), Rocinha, Complexo do Alemão e Cidade de Deus (Jacarepaguá). 
Indicamos que se trata de bolsa de estágio externo, portanto, cumulativa com a Bolsa Permanência. Informamos, ainda, que o CR (Coeficiente de Rendimento) comporá os critérios de seleção.
A inscrição ocorrerá até o dia 23 de Novembro e deverá ser feita exclusivamente, em formulário próprio, no endereço www.proinciar.uerj.br (na área NOVIDADES)
Após este período, aguarde nosso contato para participar do processo de seleção. Em caso de dúvidas, escreva para: crj.inscricao@gmail.com

Informações importantes:

1- Quantidade: 18 vagas

2- Valor da Bolsa: R$ 620,00 + R$ 80,00 (auxílio transporte)

3- Carga Horária: 20h/semanais

4- Perfil/Formação: Estudante de graduação, preferencialmente do 4º e 5º períodos, no período letivo de 2011/2, de todos os cursos da UERJ, sendo desejável haver a representação de bolsistas dos seguintes cursos: Administração, Artes Visuais, Ciências Econômicas, Ciências Sociais, Comunicação Social, Direito, Educação Física, Enfermagem, Geografia, História, História da Arte, Informática, Letras Português/Inglês, Matemática, Pedagogia, Psicologia e Serviço Social.

5- A contratação dos bolsistas será feita em etapas a partir do mês de Dezembro/2011, datas a definir.

6- Os bolsistas deverão indicar sua opção de comunidade onde gostaria de trabalhar, bem como da função a qual tem interesse em se candidatar.

7- A qualquer momento, a SEASDH poderá substituir ou transferir os bolsistas de comunidade;
A inscrição ocorrerá até o dia 23 de Novembro. Após este período, aguarde nosso contato para participar do processo de seleção. Em caso de dúvidas, escreva para: crj.inscricao@gmail.com

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Calle 13 - Latinoamérica




Tradução: Italo Malta

Eu sou ... Eu sou o que deixaram
Sou toda a sobra do que me roubaram
Um povo escondido no topo
Minha pele é de couro, por isso agüenta qualquer clima

Eu sou uma fábrica de fumo
Mão de obra camponesa, para o seu consumo
Frente fria no meio do verão
O amor nos tempos do cólera, meu irmão!

Sou o sol nasce e o dia que morre
Com os melhores entardeceres
Sou desenvolvimento em carne viva
Um discurso político sem saliva
Os rostos mais bonitos que eu conheci
Eu sou a fotografia de um desaparecido
O sangue dentro de suas veias
Eu sou um pedaço de terra vale a pena
Uma cesta com feijão
Sou Maradona contra a Inglaterra, marcando dois gols
Sou o que segura minha bandeira
A espinha dorsal do planeta é a minha cordilheira

Eu sou o que meu pai me ensinou
Aquele quer bem sua pátria, não quer bem sua mãe
Sou a América Latina, um povo sem pernas, mas caminha

Hey!

Coro

Toto La Momposina:

Você não pode comprar o vento
Você não pode comprar o sol
Você não pode comprar a chuva
Você não pode comprar o calor

Maria Rita:

Você não pode comprar as nuvens
Você não pode comprar as cores
Você não pode comprar minha alegria
Você não pode comprar minhas dores

Toto La Momposina:

Você não pode comprar o vento
Você não pode comprar o sol
Você não pode comprar a chuva
Você não pode comprar o calor

Susana Baca:

Você não pode comprar as nuvens
Você não pode comprar as cores
Você não pode comprar minha alegria
Você não pode comprar minhas dores

Calle 13

Tenho os lagos, tenho os rios
Eu tenho os meus dentes para quando sorrio
A neve que maquia minhas montanhas
Eu tenho o sol que me seca e da chuva que me banha

Um deserto embriagado com peyote
Uma gole de pulque para cantar com os coiotes
Tudo que preciso, eu meus pulmões respirando azul clarinho
A altura que sufoca,
Sou os dentes da minha boca, mastigando coca

O outono com suas folhas caídas
Os versos escritos sob a noite estrelada
Uma vinha repleta de uvas
Um canavial sob o sol em Cuba

Sou o mar do Caribe que vigia as casinhas
Fazendo rituais de água benta
O vento que penteia meus cabelos
Eu sou, todos os santos pendurados em meu pescoço
O suco da minha luta não é artificial
Porque o pagamento da minha terra é natural

Coro

Toto La Momposina:

Você não pode comprar o vento
Você não pode comprar o sol
Você não pode comprar a chuva
Você não pode comprar o calor

Susana Baca:

Você não pode comprar as nuvens
Você não pode comprar as cores
Você não pode comprar minha alegria
Você não pode comprar minhas dores

Maria Rita:

Não se pode comprar o vento
Não se pode comprar o sol
Não se pode comprar a chuva
Não se pode comprar o calor

Não se pode comprar as nuvens
Não se pode comprar as cores
Não se pode comprar minha alegria
Não se pode comprar minhas dores

Não pode comprar o sol ...
Não pode comprar a chuva

(Vamos caminhando)
No pranto e no amor
(Vamos caminhando)
No canto e na dor
(Vamos desenhando o caminho)
Não pode comprar minha vida
(Vamos caminhando)
Terra não se vende

Calle 13

Trabalho bruto, mas com orgulho
Aqui se compartilha, o que é seu
Essas pessoas não se afogam por Marullo
E se cair, eu o reconstruo

Tão pouco pestanejo quando te vejo
Para que te lembre do meu nome
Operação Condor invadindo meu ninho
Perdôo, mas nunca esqueço

Hey!

(Vamos caminhando)
Aqui, se respira luta
(Vamos caminhando)
Eu canto porque você ouve
(Vamos desenhando o caminho)
Vozes em um só coração
(Vamos caminhando)
Aqui estamos nós
Viva a América!
Não pode comprar minha vida ...





GPS a partir de R$229,00

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

MEU POSICIONAMENTO ACERCA DA VERGONHOSA ATITUDE DA SEEDUC EM NOSSA ESCOLA


Chamo-me Alan Dutra Cardoso, estudante da Rede Estadual de Educação do Estado do Rio de Janeiro. Faço o curso de Formação de Professores do Colégio Estadual Visconde de Itaboraí e estudante do Curso Pré Vestibular da mesma escola.

Entrei na rede em 2008. Durante estes 04 anos de CEVI me vi guiado por duas direções. Em 2008, estive presente e participei das Democráticas Eleições para a direção da minha escola. A comunidade Escolar, como um todo, coloca as esperanças na Chapa que concorria e elegemos como diretora geral, a Professora Eliane Arruda e como uma das diretoras adjuntas, a professora Lurdes.

A partir do início do mandato delas, observamos em nossa escola uma série de modificações: Espaço de acompanhamento pedagógico, inúmeros projetos, reformas... Com todas as dificuldades e burocracias, as coisas foram sendo realizadas.

Sou um aluno que gosta de estar atento a tudo em minha volta, além do necessário para o Vestibular, mas porque me interesso por todos esses assuntos, sejam eles questões sociais, políticas, econômicas, etc.

Em 2009, comecei a acompanhar as “reformas educacionais” impostas pela SEEDUC e, como aluno e cidadão, sou totalmente contra. Gastou- se milhões com aluguéis de computadores e ar-condicionado, enquanto dezenas de escolas estão totalmente sucateadas. Professores são obrigados a trabalhar em salas superlotadas, pois as escolas não oferecem estrutura para todos os alunos e, além disso, o quadro Professional do Estado não supre a necessidade de colocar professores para todas as turmas, pois com as péssimas condições de trabalho e com esse péssimo salário, recebemos diariamente notícias de dezenas de demissões na Rede Estadual de Educação. A ex-secretária de Educação lança então um novo projeto, o “Conexão Educação”. Engraçado é que no Boletim Online as notas somem professores não conseguem entrar, alunos também não. O famoso “cartão do aluno” que nunca foi usado. Só deu dor de cabeça pra muita gente, que teve seu cartão RioCard bloqueado antes mesmo de receber o novo. Repito: Dinheiro gasto com coisas de menos importância, que poderia ser investido em coisas benéficas.

Em 2011, observei a postura do atual “Secretário de Educação”, o Economista (!) Sr Wilson Risolia. Observei o andamento de mais um famoso projeto da SEEDUC, o seu “Plano de Metas”. Em relação a este, fiquei perplexo ao analisar os conteúdos, painéis na escola. Até as meninas grávidas e os usuários de drogas aparecem em tais “faróis”. Não vi como este plano pode ajudar na educação, pois a finalidade deste e “premiar” os que alcançarem tais metas e “punir” os que não a alcançarem.

Depois disso tudo, vem o famosíssimo Saerjinho, prova esta que não é elaborada pelos profissionais das escolas e nem mesmo no nosso Estado! Esta prova não respeita a singularidade de cada região. Existem turmas que nunca tiveram aulas de português e matemática, mas são obrigados a fazer a prova. Sem contar em meu curso, o de Formação de Professores, que não tem o “Currículo Mínimo” e também é obrigado a fazer uma prova, sem ao menos estudar aquelas matérias. Observando estes aspectos, como justificar a aplicação desta prova em todo o Estado? Li outro dia no jornal O Dia, que 75% dos alunos da Rede foram reprovados em Matemática. Será por quê? Vão jogar a culpa pra quem agora? Assim que o IDEB do 2º maior arrecadador de receita da Nação sairá do vergonhoso penúltimo lugar?

Devido aos fatos mencionados, vi e apoiei a greve dos profissionais da Educação. Em momento algum me senti prejudicado. O engraçado é que este ano foi o ano da Educação no Brasil. Reportagens e notícias quase que diariamente mostrando o descaso dos governos com a Educação Pública. Greves aconteceram em diversos estados, como Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Em nosso Estado, encontramos diversos municípios em greve. Será que a culpa é dos professores? Claro que não! A culpa é da administração pública, que não investe em Educação. Se gastará bilhões com a Copa do Mundo e com as Olimpíadas. Mas pra Educação nunca tem dinheiro.

Todavia, o principal motivo de minha indignação, além de todo o exposto, é a maneira como a SEEDUC vem se portando em minha escola. Ficamos sabendo que estão querendo exonerar a diretora de nossa escola; diretora esta que foi eleita DEMOCRATICAMENTE E APOIADA PELA COMUNIDADE ESCOLAR. Querer exonerar uma funcionária, ou punir, devido à participação de um ou outro na greve é ir contra a lei, não? Lendo a Lei suprema, que rege o nosso País, a Constituição Federal, encontrei o seguinte:

“A Constituição de 1988 dispõe em seu art. 9º: ‘É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender’. É dado aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercer o direito de greve. Não poderá ser decidida a greve sem que os próprios trabalhadores e não os sindicatos, a aprovem.”

Então porque, vergonhosamente, a SEEDUC está tentando exonerar a nossa diretora? Diretora esta querida por toda a comunidade escolar e, com toda dificuldade, trouxe benefícios para nossa escola. Os alunos, professores e funcionários estão revoltados com tal postura. Não vejo motivo algum para tal atitude. Greve não é motivo para punir, pois a própria Constituição Federal dá este direito ao trabalhador.

Diante do exposto, deixo registrada minha completa indignação com este governo e a gestão do atual Secretário de Educação, porque ao invés de investir na melhoria do sistema educacional e nos Educadores, querem perseguir quem exerce dignamente o seu trabalho.

Sem mais nada a declarar.

Alan Dutra Cardoso, CN 4002 – CEVI




quarta-feira, 14 de setembro de 2011

IMPERIALISMO E GLOBALIZAÇÃO

Imperialismo


Imperialismo é a política de expansão e domínio territorial, cultural e econômico de uma nação sobre outras, ou sobre uma ou várias regiões geográficas.

A tecnologia da Revolução Industrial aumentou ainda mais a produção, o que gerou uma grande necessidade de mercado consumidor para esses produtos e uma nova corrida por matérias primas.

o imperialismo cultural, ou seja, a imposição de valores, hábitos de consumo e influências culturais que se tornam uma espécie de padrão cultural a ser seguido pelo país dominado.

Globalização

Com o fim da oposição capitalismo X socialismo, o mundo se defrontou com uma realidade marcada pela existência de um único sistema político-econômico, o capitalismo. Exceto por Cuba, China e Coréia do Norte, que ainda apresentam suas economias fundamentadas no socialismo, o capitalismo é o sistema mundial desde o início da década de 90. À fragmentação do socialismo somaram-se as profundas transformações que já vinham afetando as principais economias capitalistas desde a segunda metade do séc. XX, resultando na chamada nova ordem mundial.
As origens dessa nova ordem estão no período imediatamente posterior à Segunda Guerra Mundial, no momento em que os Estados Unidos assumiram a supremacia do sistema capitalista. A supremacia dos EUA se fundamentava no segredo da arma nuclear, no uso do dólar como padrão monetário internacional, na capacidade de financiar a reconstrução dos países destruídos com a guerra e na ampliação dos investimentos das empresas transnacionais nos países subdesenvolvidos.
Durante a Segunda Guerra, os EUA atravessaram um período de crescimento econômico acelerado. Assim, quando o conflito terminou, sua economia estava dinamizada, e esse país assumia o papel de maior credor do mundo capitalista. Além disso, a conferência de Bretton Woods, que em 1944 estabeleceu as regras da economia mundial, determinou que o dólar substituiria o ouro como padrão monetário internacional.
Os EUA também financiaram a reconstrução da economia japonesa, visando criar um pólo capitalista desenvolvido na Ásia e, desse modo, também impedir o avançado socialismo no continente. A ascensão dessa economia foi acompanhada de uma expansão econômica e financeira do país em direção aos seus vizinhos da Ásia, originando uma região de forte dinamismo econômico.

Aceleração econômica e tecnológica

A tecnologia desenvolvida durante a Segunda Guerra Mundial estabeleceu um novo padrão de desenvolvimento tecnológico, que levou à modernização e a posterior automatização da indústria. Com a automatização industrial, aceleraram-se os processos de fabricação, o que permitiu grande aumento e diversificação da produção.
O acelerado desenvolvimento tecnológico tornou o espaço cada vez mais artificializado, principalmente naqueles países onde o atrelamento da ciência à técnica era maior. A retração do meio natural e a expansão do meio técnico-científico mostraram-se como uma faceta do processo em curso, na medida em que tal expansão foi assumida como modelo de desenvolvimento em praticamente todos os países.
Favorecidas pelo desenvolvimento tecnológico, particularmente a automatização da indústria, a informatização dos escritórios e a rapidez nos transportes e comunicações, as relações econômicas também se aceleraram, de modo que o capitalismo ingressou numa fase de grande desenvolvimento. A competição por mercados consumidores, por sua vez, estimulou ainda mais o avanço da tecnologia e o aumento da produção industrial, principalmente nos Estados Unidos, no Japão, nos países da União européia e nos novos países industrializados (NPI’s) originários do "mundo subdesenvolvido" da Ásia.

A internacionalização do capital

Desde que surgiu, e devido à sua essência - produzir para o mercado, objetivando o lucro e, conseqüentemente, a acumulação da riqueza - o capitalismo sempre tendeu à internacionalização, ou seja, à incorporação do maior número possível de povos ou nações ao espaço sob o seu domínio.
No princípio, a Divisão Internacional do Trabalho funcionava através do chamado pacto colonial, segundo o qual a atividade industrial era privilégio das metrópoles que vendiam seus produtos às colônias. Agora, para escapar dos pesados encargos sociais e do pagamento dos altos salários conquistados pelos trabalhadores de seus países, as grandes empresas industriais dos países desenvolvidos optaram pela estratégia de, em vez de apenas continuarem exportando seus produtos, também produzi-los nos países subdesenvolvidos, até então importadores dos produtos industrializados que consumiam. Dessa maneira, barateando custos, graças ao emprego de mão-de-obra bem mais barata, menos encargos sociais, incentivos fiscais etc., e, assim, mantendo, ou até aumentando, lucros, puderam praticar altas taxas de investimento e acumulação.
Grandes empresas de países desenvolvidos, também conhecidas como corporações, instalaram filiais em países subdesenvolvidos, onde passaram a produzir um elenco cada vez maior de produtos.
Por produzirem seus diferentes produtos em muitos países, tais empresas ficaram consagradas como multinacionais. Nesse contexto, opera-se, pois, uma profunda alteração na divisão internacional do trabalho, porquanto muitos países deixam de ser apenas fornecedores de alimentos e matérias-primas para o mercado internacional para se tornarem produtores e até exportadores de produtos industrializados. O Brasil é um bom exemplo.

A globalização

Nos anos 80, a maior parte da riqueza mundial pertencia às grandes corporações internacionais. Pôr outro lado, os Estados desenvolvidos revelaram finanças arruinadas, depois de se mostrarem incapazes de continuar atendendo às onerosas demandas da sua população: aposentadoria, amparo à velhice, assistência médica, salário-desemprego, etc. Com o esgotamento do Estado do bem-estar Social (Welfare state), o neoliberalismo ganhou prestigio e força.
Agora, a lucratividade tem de ser obtida mediante vantagens sobre a concorrência, para o que é necessário oferecer ao mercado produtos mais baratos, preferentemente de melhor qualidade. Para tanto, urge reduzir custos de produção.
Então, os avanços tecnológicos, particularmente nos transportes e comunicações, permitiram que as grandes corporações adotassem um novo procedimento - a estratégia global de fabricação - que consiste em decompor o processo produtivo e dispersar suas etapas em escala mundial, cada qual em busca de menores custos operacionais. A produção deixa de ser local para ser mundial, o que também ocorre com o consumo, uma vez que os mesmos produtos são oferecidos à venda nos mais diversos recantos do planeta. Os fluxos econômicos se intensificam extraordinariamente, promovidos sobretudo pelas grandes empresas, agora chamadas de transnacionais. A divisão internacional do trabalho fica subvertida, pois torna-se difícil identificar o lugar em que determinado artigo industrial foi produzido.
Após a derrocada do socialismo, a internacionalização do capitalismo atinge praticamente todo o planeta e se intensifica a tal ponto que merece uma denominação especial - globalização -, marcada basicamente pela mundialização da produção, da circulação e do consumo, vale dizer, de todo o ciclo de reprodução do capital. Nessas condições, a eliminação de barreiras entre as nações torna-se uma necessidade, a fim de que o capital possa fluir sem obstáculos. Daí o enfraquecimento do Estado, que perde poder face ao das grandes corporações.
O "motor" da globalização é a competitividade. Visando à obtenção de produtos competitivos no mercado, as grandes empresas financiam ou promovem pesquisa, do que resulta um acelerado avanço tecnológico. Esse avanço implica informatização de atividades e automatização da indústria, incluindo até a robotização de fábricas. Em conseqüência, o desemprego torna-se o maior problema da atual fase do capitalismo.
Embora a globalização seja mais intensa na economia, ela também ocorre na informação, na cultura, na ciência, na política e no espaço. Não se pode pensar, contudo, que a globalização tende a homogeneizar o espaço mundial. Ao contrário, ela é seletiva. Assim, enquanto muitos lugares e grupos de pessoas se globalizam, outros, ficam excluídos do processo. Por esse motivo, a globalização tende a tornar o espaço mundial cada vez mais heterogêneo. Além disso, ela tem provocado uma imensa concentração de riqueza, aumentando as diferenças entre países e, no interior de cada um deles, entre classes e segmentos sociais.
De qualquer modo, para se entender melhor o espaço de hoje, com as profundas alterações causadas pela globalização, é preciso ter presente alguns conceitos essenciais:

FÁBRICA GLOBAL - A expressão indica que a produção e o consumo se mundializaram de tal forma que cada etapa do processo produtivo é desenvolvida em um país diferente, de acordo com as vantagens e as possibilidades de lucro que oferece.

ALDEIA GLOBAL - Essa expressão reflete a existência de uma comunidade mundial integrada pela grande possibilidade de comunicação e informação. Com os diferentes sistemas de comunicação, uma pessoa pode acompanhar os acontecimentos de qualquer parte do mundo no exato momento em que ocorrem. Uma só imagem é transmitida para o mundo todo, uma só visão. Os avanços possibilitam a criação de uma opinião pública mundial. Nesse contexto de massificação da informação é que surgiu a INTERNET, uma rede mundial de comunicação por computador que liga a quase totalidade dos países.

ECONOMIA MUNDO - Ao se difundir mundialmente, as empresas transnacionais romperam as fronteiras nacionais e estabeleceram uma relação de interdependência econômica com raízes muito profundas, inaugurando a chamada economia mundo.

INTERDEPENDÊNCIA - No sistema globalizado, os conceitos de conceitos descritos anteriormente envolvem a interdependência. Os países são dependentes uns dos outros, pois os governos nacionais não conseguem resolver individualmente seus principais problemas econômicos, sociais ou ambientais.
As novas questões relacionadas com a economia globalizada fazem parte de um contexto mundial, refletem os grandes problemas internacionais, e as soluções dependem de medidas que devem ser tomadas por um grande conjunto de países.

Assistam ao filme O que é Imperialismo? http://maltaitalo.blogspot.com/2009/11/o-que-e-imperialismo.html

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

DEPUTADOS QUE VOTARAM CONTRA A EDUCAÇÃO /RJ



PARTIDO
CONTRA A EDUCAÇÃO
AUSENTES
TOTAL
CONTRA
+
AUSENTES
TOTAL DE DEPUTADOS DA BANCADA
PMDB - Lider da Bancada: André Lazaroni
12
12
PSB - Lider da Bancada: Rafael do Gordo
4
4
PT - Lider da Bancada: Inés Pandeló
3
6
DEM - Lider da Bancada: Graça Pereira

1
1
PC do B - Lider da Bancada: Enfermeira Rejane

1
1
PV - Lider da Bancada: Aspásia Camargo

1
2
PT do B - Lider da Bancada: Marcos Abrahão

1
1
PP - Lider da Bancada: Dionízio Lins
2
2
PDT - Lider da Bancada: Luiz Martins
8
11
PPS - Lider da Bancada: Comte Bittencourt

1
3
PTN - Lider da Bancada: Geraldo Moreira

1
1
PSC - Lider da Bancada: Coronel Jairo

1
3
PSL - Lider da Bancada: Átila Nunes

1
1
PR - Lider da Bancada: Iranildo Campos
5
9
PMN - Lider da Bancada: Alessandro Calazans

1
1
PSDC - Lider da Bancada: João Peixoto

1
1
PRB - Lider da Bancada: Rosangela Gomes

2
2
PTB - Lider da Bancada: Marcus Vinícius

1
1
PRP - Lider da Bancada: Thiago Pampolha

1
1
PRTB - Lider da Bancada: Waguinho

1
1