Pesquisar este blog

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

CAPITALISMO

CAPITALISMO

O capitalismo é um sistema econômico em que os meios de produção e distribuição são de propriedade privada e com fins lucrativos; decisões sobre oferta, demanda, preço, distribuição e investimentos não são feitos pelo governo, os lucros são distribuídos para os proprietários que investem em empresas e os salários são pagos aos trabalhadores pelas empresas.

O termo capitalismo foi criado e utilizado por socialistas e anarquistas (Karl Marx, Proudhon, Sombart) no final do século XIX e no início doséculo XX, para identificar o sistema político-econômico existente na sociedade ocidental quando se referiam a ele em suas críticas, porém, o nome dado pelos idealizadores do sistema político-econômico ocidental, os britânicos John Locke e Adam Smith, dentre outros, já desde o início do século XIX, é liberalismo.[1][2]

                     Karl Marx                                                     Proudhon                                         Sombart
                             John Loke                                                                Adam Smith

Alguns definem o capitalismo como um sistema onde todos os meios de produção são de propriedade privada, outros o definem como um sistema onde apenas a "maioria" dos meios de produção está em mãos privadas, enquanto outro grupo se refere a esta última definição como uma economia mista com tendência para o capitalismo. A propriedade privada no capitalismo implica o direito de controlar a propriedade, incluindo a determinação de como ela é usada, quem a usa, seja para vender ou alugar, e o direito à renda gerada pela propriedade.[3] O capitalismo também se refere ao processo de acumulação de capital.

Não há consenso sobre a definição exata do capitalismo, nem como o termo deve ser utilizado como categoria analítica.[4] Há, no entanto, pouca controvérsia que a propriedade privada dos meios de produção, criação de produtos ou serviços com fins lucrativos num mercado, e preços e salários, são elementos característicos do capitalismo.[5] Há uma variedade de casos históricos em que o termo capitalismo é aplicado, variando no tempo, geografia, política e cultura.[6]

Economistas, economistas políticos e historiadores tomaram diferentes perspectivas sobre a análise do capitalismo. Economistas costumam enfatizar o grau de que o governo não tem controle sobre os mercados (laissez faire) e sobre os direitos de propriedade. A maioria[7][8] dos economistas políticos enfatizam a propriedade privada, as relações de poder, o trabalho assalariado e as classes econômicas.[9] Há um certo consenso de que o capitalismo incentiva o crescimento econômico,[10]enquanto aprofunda diferenças significativas de renda e riqueza. O grau de liberdade dos mercados, bem como as regras que definem a propriedade privada, são uma questões da política e dos políticos, e muitos Estados que são denominados economias mistas.[9]

O capitalismo como um sistema intencional de uma economia mista desenvolvida de forma incremental a partir do século XVI na Europa,[11] embora organizações proto-capitalistas já existissem no mundo antigo e os aspectos iniciais do capitalismo mercantil já tivessem florescido durante a Baixa Idade Média.[12][13][14] O capitalismo se tornou dominante no mundo ocidental depois da queda do feudalismo.[14] O capitalismo gradualmente se espalhou pela Europa e, nos séculos XIX e XX, forneceu o principal meio de industrialização na maior parte do mundo.[6] As variantes do capitalismo são: o anarco-capitalismo, o capitalismo corporativo, o capitalismo de compadrio, o capitalismo financeiro, o capitalismo laissez-faire,capitalismo tardio, o neo-capitalismo, o pós-capitalismo, o capitalismo de estado, o capitalismo monopolista de Estado e o tecnocapitalismo.

TEORIA CAPITALISTA

Friedrich Hayek, ao descrever o capitalismo, aponta para o caráter auto-organizador das economias que não têm planejamento centralizado pelo governo.

Friedrich Hayek

Muitos, como por exemplo Adam Smith, apontam para o que se acredita ser o valor dos indivíduos que buscam seus interesses próprios, que se opõe ao trabalho altruístico de servir o "bem comum".

Karl Polanyi, figura importante no campo da antropologia econômica, defendeu que Smith, em sua época, estava descrevendo um período de organização da produção conjuntamente com o do comércio. Para Polanyi, o capitalismo é diferente do antigo mercantilismo por causa da comoditificação da terra, da mão-de-obra e da moeda e chegou à sua forma madura como resultado dos problemas que surgiram quando sistemas de produção industrial necessitaram de investimentos a longo prazo e envolveram riscos correspondentes em um âmbito de comércio internacional. Falando em termos históricos, a necessidade mais opressora desse novo sistema era o fornecimento assegurado de elementos à indústria - terra, maquinários e mão-de-obra - e essas necessidades é que culminaram com a mencionada comoditificação, não por um processo de atividade auto-organizadora, mas como resultado de uma intervenção do Estado.

Karl Polanyi

Muitas dessas teorias chamam a atenção para as diversas práticas econômicas que se tornaram institucionalizadas na Europa entre os séculos XVI e XIX, especialmente envolvendo o direito dos indivíduos e grupos de agir como "pessoas legais" (ou corporações) na compra e venda de bens, terra, mão-de-obra e moeda, em um mercado livre, apoiados por um Estado para o reforço dos direitos da propriedade privada, de forma totalmente diferente ao antigo sistema feudal de proteção e de obrigações.

Devido à vagueza do termo "capitalismo", emergiram controvérsias quanto ao capitalismo. Em particular, há uma disputa entre o capitalismo ser um sistema real ou ideal, isto é, se ele já foi mesmo implementado em economias particulares ou se ainda não e, neste último caso, a que grau o capitalismo existe nessas economias. Sob um ponto de vista histórico, há uma discussão se o capitalismo é específico a uma época ou região geográfica particular ou se é um sistema universalmente válido, que pode existir através do tempo e do espaço. Alguns interpretam o capitalismo como um sistema puramente econômico; Marx, por sua vez, admite que o mesmo é um complexo de instituições político-econômicas que, por sua vez, determinará as relações sociais, éticas e culturais.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Mecanismos de Mercado

Aspectos positivos do Mercado

O mercado incentiva os produtores a oferecerem os bens que os consumidores desejam – Quando os consumidores quiserem mais chá, o preço subirá e os produtores serão incentivados a produzir mais chá (lei da oferta e procura).

Em contraste, quando uma burocracia governamental fixar metas de produção, o lado da oferta poderá responder com extrema lentidão às mudanças nas preferências dos consumidores.

O mercado incentiva as pessoas a se qualificarem – Os altos preços cobrados por neurocirurgiões incentivam estudantes a passarem pelo longo e caro processo educativo necessário para especializar-se nesta área, por exemplo.

Os bens especialmente escassos são vendidos a preços altos.

O alto preço estimula a conservação e aos cuidados – Quando uma geada destrói parcialmente a colheita de café, seu preço sobe e economiza-se mais o café. Os que são mais ou menos indiferentes entre o café e o chá tomarão mais chá. Mesmo as pessoas que não podem prescindir da preciosa rubiácea são motivados a reduzir seu consumo. Com o alto preço do café, tomarão duas em vez de três xícaras.

O sistema de preços motiva os produtores a conservarem recursos escassos – No Estado de Goiás, a terra é abundante e relativamente barata; muita terra é destinada à pastagem para manter rebanhos bovinos. Ao contrário, no Japão, a terra é relativamente escassa e cara. Os japoneses utilizam a terra intensivamente na produção de arroz, em vez de usá-la como pastos.

O sistema de preços também motiva alguns produtores a conservarem seus produtos escassos - Caso da OPEP que diminui a produção de petróleo para manter o preço do mesmo em alta.

O mercado permite um “alto grau de liberdade econômica” – Ninguém obriga as pessoas a negociarem com certas empresas ou indivíduos (a não ser em casos de monopólio). As pessoas não têm de escolher uma profissão de acordo com diretrizes governamentais; têm a liberdade de escolher seu ramo de atividade (isso quando o governo dispõe de mecanismos para que o indivíduo tenha escolha de sua profissão). Além disso, se as pessoas poupam, têm direito de utilizar as poupanças para estabelecer sua própria empresa independente (salvo caso do Plano Collor que confiscou a poupança da população).

Mercados descentralizados dão informação sobre as condições locais – Se em uma quantidade extraordinária de terra boa para a produção de feijão for plantado milho, o preço do feijão começará a subir neste país. A majoração do feijão indicará aos agricultores do país que eles devem plantar feijão numa área maior de suas terras, em vez de dedicarem tantos hectares à produção de milho.

Nenhuma repartição governamental seria capaz de manter um conjunto de informações atualizadas e detalhadas sobre os milhões destes mercados locais. (Note a quantidade de informação que seria relevante para a decisão de plantar feijão ou milho: a qualidade da terra, o número de pessoas que comem feijão, o custo dos fertilizantes para o feijão e para o milho, o custo das sementes etc.).

Para avaliar o funcionamento do mercado, não devemos esquecer a mais importante de todas as perguntas: quais são as alternativas? Mesmo um mercado ruim poderia funcionar melhor que as alternativas, especialmente as alternativas criadas por teóricos sem antes passarem por testes práticos.

Assim, um dos mais fortes argumentos a favor do mercado lembra a frase que Winston Chruchill costumava empregar para defender o sistema democrático: Pode não funcionar à perfeição, mas funciona melhor que as alternativas.
Winston Chruchill 


Aspectos negativos do Mercado

Embora o mercado dê muita liberdade de ação aos agentes econômicos, pode dar pouco mais do que o direito de morrer de fome aos fracos e desamparados -

Em um mercado, os produtores não respondem às necessidades e aos desejos de todos os consumidores, apenas ouvem as vozes dos que têm dinheiro para comprar. Portanto, em um sistema de laissez-faire, os cachorros de estimação dos ricos podem receber melhor alimentação e cuidados médicos do que os filhos dos pobres.

Um sistema completamente livre (de empresas privadas) pode ser muito instável, com anos de crescimento rápido seguidos de anos de severa recessão – Há várias circunstâncias em que a economia se torna instável, quando bancos não são regulados ou são mal regulados, por exemplo (um bom exemplo é a crise imobiliária dos EUA).

Em um sistema laissez-faire, os preços nem sempre resultam da ação de forças impessoais do mercado – Apenas em um mercado de concorrência perfeita é que o preço resulta do cruzamento das curvas de oferta e demanda – Em muitos mercados, um ou mais participantes têm o poder de mudar o preço. O monopolista ou oligopolista pode restringir o nível de produção para fazer o preço subir.

As ações de consumidores ou produtores podem criar efeitos colaterais ou externalidades – Ninguém é dono do ar ou dos rios, por exemplo, e as indústrias têm utilizado estes recursos impunemente para se desfazerem de resíduos e lixo, prejudicando outros que respiram o ar e usam a água. O mercado privado não incentiva o controle destas externalidades.

Externalidade – é um efeito colateral adverso (ou benefício), relacionado com o consumo ou a produção, em troca de que não se dá ou recebe qualquer pagamento.

Para certas atividades, o mercado simplesmente não é adequado - Caso haja uma ameaça militar, a sociedade não poderá defender-se utilizando os mecanismos do mercado – Um indivíduo não é incentivado a comprar um fuzil para o Exército, porque a sociedade em geral, e não ele especificamente, será beneficiado pela compra.

Portanto, a segurança nacional é um bom exemplo de um serviço que o governo deve prestar. Outros exemplos são o policiamento e a manutenção do sistema judiciário. Não importa se o mercado funciona bem ou mal, não se pode permitir a “compra” de juízes.

Em um sistema de laissez-faire, os homens de negócios podem fazer um trabalho admirável de satisfazer a demanda. Mas por que esses senhores mereceriam elogios por satisfazerem uma demanda que eles mesmos podem ter criado mediante a propaganda?

Nas palavras do Profº. John Kenneth Galbraith, “supor que as preferências observadas se originam do consumidor requer certa imaginação”. Neste caso é o produtor, não o consumidor, que manda. Segundo Galbraith, o consumidor é um títere, manipulado pelos produtores mediante artifícios de propaganda.
 John Kenneth Galbraith

Muitos dos desejos que os produtores originalmente criam e, em seguida, satisfazem, são banais: a demanda por desodorantes, ceras, comidas sem valor nutritivo. Vários economistas marxistas modernos fazem a mesma crítica ao mercado.

Sem defender o mérito de qualquer produto, os que defendem o mercado podem contra-argumentar, baseados parcialmente na pergunta: Quais são as alternativas?

Caso o mercado não seja o instrumento para decidir quais bens “merecem” ser produzidos, quem será o responsável ? Um burocrata do governo? Não se deve permitir que as pessoas cometam seus próprios erros? E como Galbraith pode supor que todos os desejos criados são sem valor?

Afinal de contas, poucos nascem com uma preferência definida por música ou por arte. Nossa preferência musical é criada quando ouvimos um criador de boas melodias, com Vinícius de Moraes. Alguém do governo deveria proibir as músicas de Vinícius porque apenas satisfazem os desejos criados?

Finalmente, o Profº. Galbraith exagera quando sugere que as empresas podem controlar as vendas por propaganda, protegendo-se das incertezas do mercado. Mesmo um produto que é amplamente promovido pode fracassar.

Estas seis críticas ao mecanismo do mercado poderiam ser ainda mais elaboradas, para fornecer um argumento a favor de sua substituição por um sistema de controle governamental.

Os economistas marxistas dão especial ênfase a primeira e à última crítica quando atacam as economias de mercado. Mas os que pregam a reforma, em vez da eliminação do sistema de mercado, também utilizam as seis críticas.

Uma grande parte da recente história econômica da Europa Ocidental, da América do Norte e de muitos outros países do mundo tem sido escrita por tais reformadores. Os seguintes exemplos são uma amostra dos argumentos dos reformadores: o funcionamento de um sistema de mercado deve ser modificado mediante programas privados e públicos assistência para assegurar a sobrevivência dos fracos e desamparados.

Nas situações em que poucos controles sobre os bancos têm permitido instabilidade econômica, o governo deve estabelecer uma moeda forte e estável com o objetivo de propiciar um ambiente favorável ao desenvolvimento do mercado.

Os monopólios com um excesso de poder devem ser desarticulados ou severamente controlados pelo governo. O governo pode produzir diretamente os bens e serviços em áreas como a segurança nacional, a justiça e o policiamento, nas quais o sistema de mercado não funciona ou funciona mal.

Com poucas exceções, a sexta crítica não tem suscitado reformas. Em parte, isto se deve a dúvidas sobre a importância das distorções gerais da propaganda.

Outra explicação para a falta de reformas na área de propaganda tem a ver com a relação entre a propaganda e a imprensa.

A imprensa depende muito das taxas cobradas a anunciantes, para se sustentar. Severas restrições sobre o uso da propaganda poderiam debilitar a imprensa financeiramente e enfraquecer esta importante instituição democrática.

Para certos marxistas críticos do sistema de mercado, este último argumento serve para desacreditar ainda mais o sistema de mercado.

Argumentam que uma imprensa que depende dos anúncios de poderosas empresas para sobreviver não pode ser uma imprensa verdadeiramente objetiva e livre.

Cavaleiros da Ordem de Malta

Cavaleiro hospitalário

Os membros da outra ordem militar-religiosa da Palestina levavam vida dupla, ao contrário dos templários: dedicavam-se tanto a alojar doentes e peregrinos no Hospital de São João de Jerusalém (daí o nome) quanto a combater os infiéis como cavaleiros. A ordem mudou sua sede para Rodes e depois para Malta, durando até o começo do século XIX.
Cavaleiro Hospitalário

Em 1099, alguns mercadores da cidade de Amalfi fundaram, em Jerusalém, uma casa religiosa formada por monges, denominada Santa Maria Latina para recolher e ajudar peregrinos. Anos mais tarde construíram junto da casa um hospital a partir daí, formou uma congregação própria, sob o nome de São João Baptista. Em 1113, o Papa forneceu uma regra própria e acrescentou ao cuidado com os doentes o serviço militar dos monges.
Brasão da Ordem de Malta




Assim surgiu a Ordem dos Hospitalários ou de São João de Jerusalém,designada por Ordem de Malta a partir de 1530. Os Cavaleiros de Malta, a partir do século 15, combatiam muçulmanos além de resgatarem prisioneiros cristãos capturados por muçulmanos durante as cruzadas.
Ordem de S. João de Jerusalém, Palestina, Rodes e Malta

Uma vez que se é um membro da Ordem dos Cavaleiros Templários o Cavaleiro é elegível para participar da Ordem de S. João de Jerusalém, Palestina, Rodes e Malta, e assim se tornar um membro das Ordens Unidas. Antes de receber "o grau de Malta”, uma curta introdução ao grau de Cavaleiro de São Paulo é conferida, baseado na história de São Paulo e sua viagem à ilha de Malta. Os candidatos para os Cavaleiros de Malta recebem, então, "o passe do Mediterrâneo", para que os peregrinos possam distinguir um do outro aqueles que tentaram barrar a passagem para a Terra Santa. A cerimônia principal de Malta ocorre em uma Casa do Capítulo da Ordem, e durante a cerimônia, a história da Ordem é explicada, incluindo a fusão com a Ordem dos Templários e sua chegada a Malta em 1530.

A Ordem dos Cavaleiros de São João foi originalmente fundada em Jerusalém durante a primeira Cruzada pela associação de muitos cavaleiros piedosos com os Irmãos do Hospital de S. João, um estabelecimento previamente fundado ,em 1048, para o alívio de peregrinos visitavam a Terra Santa. Mais tarde fundou o que talvez seja sua memória mais conhecida, o Hospital de São João de Valeta, em Malta, que ainda é capaz de ser visitado e visto hoje. Cada Preceptório tem um Priorado de Malta anexado a ele, mas nem todos os Priorados realizam a cerimônia de Malta completa.
Paramentos usados pelos Cavaleiros da Ordem de Malta





quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Teorias do Capital

Capital é o termo genérico que designa um conjunto de bens e uma importância em dinheiro a partir dos quais é possível obter, posteriormente, uma série de rendimentos (como bônus ou ações).

Em geral, os bens de consumo e o dinheiro empregado para satisfazer necessidades concretas não estão incluídos na definição econômica da teoria do capital.

Sob o ponto de vista da contabilidade, é definido como o patrimônio de um indivíduo ou de uma corporação em determinado momento, que não se confunde com os lucros advindos dessas posses no decorrer do tempo.

É possível distinguir vários tipos. Uma classificação muito comum é a distinção entre o capital fixo, que inclui meios de produção mais ou menos duradouros, como as máquinas; e o capital de giro, que se refere a bens não renováveis, como as matérias-primas.

Teorias do Capital

Os economistas franceses do século XVIII, denominados fisiocratas, foram os primeiros a formular uma teoria econômica. Seus trabalhos foram, posteriormente, desenvolvidos por Adam Smith, pai da teoria clássica do capital, por ele definido como o conjunto de valores produzidos pelo trabalho, oriundos dos bens de consumo e dos bens de produção. David Ricardo a aperfeiçoou em princípios do século XIX.
 
                                                                   Adam Smith                                          David Ricardo

Em meados do século XIX, Karl Marx e outros autores socialistas aceitaram a visão clássica do capital, fazendo um importante adendo: só é possível considerar capital os bens produtivos, que geram receitas, independentemente do trabalho realizado por seu proprietário.
Karl Marx

Outros economistas da mesma época, como Nassau William Sênior e John Stuart Mill, criaram uma teoria psicológica do capital, que tem origem na redução do consumo daquelas pessoas que desejam um rendimento futuro que compense a atual poupança.
 
                                                                Nassal Willian Sênior                                      John Stuart Mill

Em finais do século XIX, Eugen Böhn-Bawerk e Alfred Marshall procuraram unir a teoria da poupança à teoria clássica do capital. Pela teoria da poupança, a possibilidade de rendimentos futuros incentivava às pessoas a evitar o consumo, no presente, canalizando parte de suas receitas para o aumento da produção.
 
                                                             Eugen Böhn Bawerk                                         Alfred Marshall

No século XX, John Maynard Keynes rejeitou essa teoria por não conseguir explicar as diferenças entre o dinheiro economizado e o capital gerado. Demonstrou que a decisão de investir em bens de capital independe da decisão de poupar.
John Mayhard Keynes

Embora todas essas teorias sejam recentes o capital existe nas sociedades civilizadas desde a Antigüidade. Seu papel nas economias da Europa ocidental e América do Norte foi tão importante que a atual organização sócio-econômica aí dominante é conhecida como sistema capitalista ou capitalismo.

domingo, 5 de setembro de 2010

Sacos de jornal*

Vamos ajudar a salvar o planeta!!!(???)


Dia desses, quando recusei a sacolinha plástica numa loja, ouvi da moça do caixa: mas como você faz com o seu lixo? Não foi a primeira vez que me perguntaram isso. A grande justificativa das pessoas que dizem que "precisam" das sacolinhas é a embalagem do lixo. Tudo bem, não dá mesmo pra não colocar lixo em saco plástico, mas será que não dá pra diminuir a quantidade de plástico no lixo?

Melhor do que encher diversos sacos plásticos ao longo de uma semana é usar um único saco plástico dentro de uma lixeira grande na área de serviço, por exemplo, e ir enchendo-o por alguns dias com os pequenas quantidades de lixo da casa (da pia, do banheiro, do escritório). Se o lixo é limpo, como de escritório (papel de fax, pedaços de durex, etc), pode ir direto para a lixeira sem proteção. No caso dos lixo da pia e do banheiro (absorventes, fio dental, cotonetes), o melhor substituto da sacolinha é o saco de jornal. Ele mantém a lixeira limpa, facilita na hora de retirar o lixo e é facílimo de fazer, leva 20 segundos.

A ideia veio do origami, que ensina essa dobradura como um copo. Em tamanho aumentado, feito de folhas de jornal, o copo cabe perfeitamente na maioria do lixo de pia e banheiro que existem por aí. Veja:


Você pode usar uma, duas ou até três folhas de jornal juntas, para que o saco de jornal fique mais resistente. Tudo no origami começa com um quadrado, então faça uma dobra para marcar, no sentido vertical, a metade da página da direita e dobre a beirada dessa página para dentro até a marca. Você terá dobrado uma aba equivalente a um quarto da página da direita, e assim terá um quadrado.


Dobre a ponta inferior direita sobre a ponta superior esquerda, formando um triângulo, mantendo a base para baixo.


Dobre a ponta inferior direita do triângulo até a lateral esquerda.


Vire a dobradura "de barriga para baixo", escondendo a aba que você acabou de dobrar.


Novamente dobre a ponta da direita até a lateral esquerda, e você terá a seguinte figura:


Para fazer a boca do saquinho, pegue uma parte da ponta de cima do jornal e enfie para dentro da aba que você dobrou por último, fazendo-a desaparecer lá dentro.


Sobrará a ponta de cima que deve ser enfiada dentro da aba do outro lado, então vire a dobradura para o outro lado e repita a operação.


Se tudo deu certo, essa é a cara final da dobradura:


Abrindo a parte de cima, eis o saquinho!


É só encaixar dentro do seu cestinho e parar pra sempre de jogar mais plástico no lixo!


Que tal?


Pode parecer complicado vendo as fotos e lendo as instruções, mas faça uma vez seguindo o passo a passo e você vai ver que depois de fazer um ou dois você pega o jeito e a coisa fica muito muito simples. Daí é só deixar vários preparados depois de ler o jornal de domingo!

*Adaptado da internet.